As galáxias começam a “morrer” quando param de formar estrelas, mas até agora os astrônomos nunca haviam visto claramente o início desse processo em uma galáxia distante. Usando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (Alma), do qual o Observatório Europeu do Sul (ESO) é parceiro, os astrônomos viram uma galáxia ejetar quase metade de seu gás de formação estelar. Essa ejeção acontece a uma taxa surpreendente, equivalente a 10 mil sóis de gás por ano. Ou seja: a galáxia está perdendo rapidamente seu combustível para fazer novas estrelas.
A equipe acredita que esse evento espetacular foi desencadeado por uma colisão com outra galáxia. Isso pode levar os astrônomos a repensar como as galáxias param de dar vida a novas estrelas. O novo estudo foi publicado na revista “Nature Astronomy”.
“Esta é a primeira vez que observamos uma típica galáxia formadora de estrelas massivas no universo distante prestes a ‘morrer’ por causa de uma ejeção massiva de gás frio”, diz Annagrazia Puglisi, pesquisadora principal do novo estudo, da Universidade de Durham (Reino Unido) e do Centro de Pesquisa Nuclear Saclay (CEA-Saclay, na França). A galáxia, ID2299, está distante o suficiente para que sua luz leve cerca de 9 bilhões de anos para chegar até nós. Vemos isso quando o universo tinha apenas 4,5 bilhões de anos.
No futuro, a equipe poderá usar o Alma para fazer observações de alta resolução e mais profundas dessa galáxia, permitindo-lhes compreender melhor a dinâmica do gás ejetado. As observações com o futuro Extremely Large Telescope (ELT) do ESO poderão permitir à equipe explorar as conexões entre as estrelas e o gás na ID2299, lançando uma nova luz sobre como as galáxias evoluem.
*** Informações com PLANETA
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