Após a queda de um asteroide registrada no Maciço de Baturité, no Ceará, no último sábado (10), astrônomos solicitaram dados ao Center for Near Earth Object Studies (Cneos), divisão norte-americana associada à Nasa, para identificar o possível local do impacto.
O estrondo da queda foi sentido por volta das 06h50 por moradores de cidades como Baturité, Redenção, Pacoti, Mulungu, Palmácia e Guaramiranga. Um satélite geoestacionário meteorológico registrou o fenômeno, segundo o professor e astrônomo Romário Fernandes.
Infrassons emitidos
Imagem captada do satélite Geo Estacionário Meteorológico mostra ponto luminoso sobre a Região do Maciço de Baturité. — Foto: Romário Fernandes
Segundo o astrônomo Lauriston Trindade, da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), o Cneos é capaz de capturar os infrassons emitidos pelos asteroides. “Esses infrassons não são percebidos pelo ouvido humano, mas são captados através de microfones especiais, como os do Cneos”, explica.
Conforme Trindade, a expectativa de resposta da empresa é até esta quarta-feira (14). Em caso de resposta positiva sobre a gravação de infrassom, “a gente usa esses dados para determinar a trajetória do meteoro na atmosfera e ter a noção de onde, provavelmente, os meteoritos tenham caído”.
Para obter mais informações junto a moradores da região, uma equipe de astrônomos visitou o Maciço no último fim de semana. “Nós só temos um vídeo registrado de uma câmera na Barra do Ceará, em Fortaleza, que conseguiu registrar imagens. Porém, somente com essa câmera não é possível fazer a triangulação e obter a trajetória do meteoro, por exemplo”, diz.
Caso a Cneos não tenha os dados necessários sobre o fenômeno ocorrido no Ceará, o astrônomo relata que a situação se complicará em relação aos estudos. “[A queda] vai ficar na história como um acontecimento pro Ceará, mas será mais um mistério, não teremos detalhes sobre. Mesmo com a vegetação seca nessa época do ano, nós não conseguiríamos localizar os fragmentos, a não ser que algum morador encontre alguma pedra ou rocha diferente,e então nos informe ou à imprensa”, frisa.
*** Informações com: G1
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