O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que desistiu de criar o programa Renda Brasil e que manterá o Bolsa Família até o final de seu governo. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele rechaçou a ideia de congelar salários de aposentados e pensionistas para financiar o programa assistencial e disse que só pode “dar um cartão vermelho” a quem apresentar esta proposta.
Conforme adiantado pelo Valor, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, estudava desvincular o reajuste do salário mínimo das aposentadorias como forma de financiar o Renda Brasil, informação que foi confirmada posteriormente pelo secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues.
Ao final do vídeo, de forma enfática, Bolsonaro admitiu a desistência de levar adiante o Renda Brasil: “Até 2022, o meu governo está proibido de falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”.
- Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade.
- Como já disse jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos.
Reunião com Guedes - A mensagem do presidente foi divulgada após Bolsonaro convocar Guedes para uma reunião que não estava prevista na agenda. O Planalto não confirmou o motivo e se há previsão de término da conversa. Para comparecer à audiência, o ministro adiou sua participação no "Painel Telebrasil 2020", que estava prevista para as 9h.
Guedes e sua equipe têm travado uma série de divergências com Bolsonaro e outros integrantes do governo. Entre os temas que dividem o governo e estão em discussão nesta semana, está o projeto que concede perdão de dívidas tributárias a templos religiosos, em que Bolsonaro sugeriu ao Congresso a derrubada de seus próprios vetos para viabilizar o perdão.
Nos últimos dias, o governo intensificara também as negociações em torno do financiamento do Renda Brasil, programa assistencial que Bolsonaro pretendia lançar para substituir o Bolsa Família.
A fonte de recursos para o programa gerava divergências. Uma das propostas discutidas internamente nesta semana era a de congelar o reajuste salarial de aposentados e pensionistas por dois anos como forma de compensação dos gastos extras. Bolsonaro já vetou ideias levantadas por Guedes, como extinção do abono salarial e seguro-defeso.
*** Informações com G1- VÍDEO TWITTER DO BOLSONARO- Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade.— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 15, 2020
- Como já disse jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. pic.twitter.com/5j3oI6vcSK
0 comentários:
Postar um comentário